Pesquisadores do Centro de Sensoriamento Remoto (CSR) do Instituto de Geociências da UFMG ligados ao projeto FIP – Monitoramento do Cerrado produziram um novo artigo em parceria com pesquisadoras da Universidade de Brasília sobre o risco de propagação de fogo no Cerrado.

Baseado na relação histórica entre ocorrências de incêndios e estimativas da biomassa vegetal, o modelo desenvolvido pelo grupo a partir do estudo gera mapas de probabilidade mensais para apoiar as atividades de manejo do fogo no bioma.

A pesquisa, além de revelar a relação íntima entre o risco de propagação de fogo e eventos históricos de queima, também mostrou que os incêndios cada vez mais frequentes podem estar causando um declínio da biomassa vegetal do bioma, cujo período médio de recuperação seria de 2,43 anos.

“Esse declínio da biomassa, associado à crescente recorrência dos incêndios no Cerrado, degradam a vegetação nativa. Ao longo do tempo, isso acarreta perda de espécies e serviços ecossistêmicos no Cerrado”, afirma o pesquisador Ubirajara Oliveira, primeiro autor do artigo.

O estudo estará no volume 482 da revista Forest Ecology and Management, do próximo dia 15 de fevereiro, e a versão aceita para publicação já pode ser acessada através do link:
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378112720316583?dgcid=coauthor