Sob um cenário linha de base (BASE), o rebanho deverá crescer a uma taxa média anual de 1,4%, movido principalmente pela expansão das pastagens. Em 2030, é esperado que o rebanho alcance 260 milhões de cabeças lotadas em uma área de pasto de aproximadamente 250 Mha.

A reforma de 15 Mha de pasto nas áreas prováveis para intensificação deverá contribuir para que a taxa de lotação média dessas pastagens aumente de 0,84 para 1,16 UA/ha (um crescimento anual médio de 2,1%). A terminação de animais em confinamento, que em 2012 representava 9,6% dos animais abatidos, deverá crescer 4% ao ano (taxa de crescimento histórica) e alcançar 6,1 milhões de cabeças em 2030 (12,8% do total abatido).

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Embora seja esperado um aumento da produtividade nas áreas prováveis para intensificação de 50% em média, a produção de carne não deverá aumentar o suficiente para atender as demandas de carne projetadas para o futuro. Dentre os cenários de intensificação, que partilham a mesma meta de produção de carne para 2030 (12,6 Mton de carcaça), o cenário mais focado na melhoria das pastagens (MIX-PAST) demandará uma reforma de aproximadamente 28 Mha.

Essas melhorias irão resultar em um aumento na taxa de lotação e na produtividade das áreas prováveis para intensificação da ordem de 87% e 119%, respectivamente.

No cenário MIX-SUP a intensificação da produção é mais focada no confinamento, que deverá somar 12,7 milhões de cabeças em 2030 (o dobro do projetado nos cenários BASE e MIX-PAST). Com isso é esperado uma redução na necessidade de reforma de pasto para alcançar a produção de 12.6 Mton de carcaça em 2030, estimada em 24,8 Mha (3,5 Mha a menos que no MIX-PAST). Como consequência da menor reforma de pasto, o rebanho deverá crescer a taxas menores (1,6% ao ano), totalizando 267 milhões de cabeças em 2030.

Já sob o cenário MIX-SUP+, além de uma expansão do confinamento equivalente ao projetado para o cenário MIX-SUP, os animais lotados nas áreas prováveis para intensificação são suplementados na fase de aleitamento (creep-feeding), permitindo assim uma melhor expressão do seu potencial genético (aumento do peso ao desmame). Devido a isso, a necessidade de crescimento do rebanho para atendimento da demanda futura é ainda menor que aquela esperada para o cenários MIX-SUP. Projeta-se um crescimento anual de 1,4%, totalizando 259 milhões de cabeças em 2030 (13,9 e 7,8 milhões de animais a menos que nos cenários MIX-PAST e MIX-SUP, respectivamente).

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Nas áreas prováveis para intensificação, a taxa de lotação média das pastagens deverá ser de apenas 1,37 UA/ha ao final da simulação. A adoção do creep-feeding e o aumento projetado na quantidade de animais terminados em confinamento deverá contribuir para uma redução ainda maior na idade média de abate dos animais. A produção média por animal, inicialmente estimada em 3 arrobas, deverá aumentar para 3,8 arrobas nas áreas intensificadas sob o cenário MIX-SUP+ (9,6 e 5% maior que os animais nos cenários MIX-PAST e MIX-SUP, respectivamente). Como consequência a necessidade de reforma de pasto diminui para 22,6 Mha, o que representa uma redução de 5,7 e 2,2 Mha em relação aos cenários MIX-PAST e MIX-SUP, respectivamente.

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Para mais detalhes sobre os resultados obtidos acesse abaixo a publicação completa.

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