Esse cenário tem como principal característica a descrição do desenvolvimento das atividades sem expectativa de grandes mudanças de trajetória. É importante destacar que as metas de planos e/ou políticas governamentais existentes foram consideradas nesse cenário, visto que já são suportadas por instrumentos de políticas públicas, por isso não se caracterizam por medidas adicionais. Mais do que isso, projeções realizadas em âmbito governamental também foram consideradas. Para tanto, foram consultadas diversas publicações governamentais oficiais relacionadas ao setor em questão, dentre as quais se destacam:

  • Plano Nacional de Mudanças Climáticas – PNMC (BRASIL, 2008);
  • Política Nacional de Mudanças Climáticas (BRASIL, 2009);
  • Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma
    Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura – Plano ABC (MAPA, 2012b);
  • Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa – Planaveg (MMA,2014);
  • Lei da Queima da Cana (SÃO PAULO, 2002);
  • Levantamento dos níveis de produção de aço e ferro-gusa, cenário 2020, e Subsídios 2014 ao Plano
    Siderurgia do MDIC – Modernização da Produção de Carvão Vegetal (MDIC, 2014);
  • Projeções do Agronegócio – Brasil 2015/2016 a 2025/2026 projeções de longo prazo (MAPA, 2016).

Dado que o cenário referencial pressupõe o cumprimento das metas, acordos e leis vigentes, esses pressupostos incluem o cumprimento do Plano ABC até 2020 referentes à: implementação de 4,0 milhões de hectares de SI, 8,0 milhões de hectares de SPD e 5,5 milhões de hectares de FBN.

Rebanho confinado: taxa média de crescimento de 3% ao ano.
Recuperação de pastagens degradadas: cumprimento do Plano ABC com a recuperação de 15 milhões de hectares até 2020. De 2020 a 2050, projeção de recuperação das pastagens de acordo com a demanda de produção de carne e nível de manejo estabelecido para cenário referencial (rebanho em sistemas integrados e rebanho em confinamento ou semi confinamento).

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– Origem da madeira para lenha: optou-se pela continuidade da média de consumo de madeira de origem em extração vegetal, em 2012 (53%).

– Desmatamento
Dado que o cenário referencial pressupõe o cumprimento das metas, acordos e leis vigentes, foram aplicadas sobre as projeções de desmatamento da Amazônia e do Cerrado as metas de redução do Plano Nacional de Mudanças Climáticas (PNMC) de 80% e 40%, respectivamente. Para a Mata Atlântica, utilizou-se o desmatamento zero como estipulado pela Lei da Mata Atlântica para conversões que não sejam de utilidade pública.

* Área média desmatada por bioma, no período entre 2002 e 2010, segundo a TCN.
** Área média anual desmatada por bioma, no período entre 2012 a 2050, considerada no cenário Referencial.

– Recomposição da vegetação nativa
Foi considerada a meta do Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa de 2014, que projeta a recuperação de 12,5 Mha em um horizonte de tempo de 20 anos. Para o período de 2035 a 2050, considerou-se a recuperação de mais 4 Mha, completando 16,5 Mha.