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Os estados da Amazônia (Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins) possuem um rebanho bovino próximo de 81 milhões de cabeças, criadas em aproximadamente 71 milhões de hectares de pastagens nativas e cultivadas (ver figura). A pecuária de corte é um dos principais sistemas produtivos responsáveis pelo desenvolvimento da região, com grande impacto na economia e, por conseguinte, implicações para a conservação dos ecossistemas locais.

Apesar dos avanços recentes, a pecuária de corte na Amazônia ainda apresenta baixo nível tecnológico. Logo, o investimento em inovações tecnológicas para promover a intensificação da pecuária, considerando toda a diversidade de clima e solos existentes, é uma questão fundamental. Por isso políticas de regularização fundiária, de melhoria da infraestrutura de transporte e energia, de subsídio à aquisição de máquinas, implementos agrícolas e insumos agropecuários e apoio crescente à assistência técnica qualificada são essenciais para acelerar o processo de transição dos sistemas de produção extensivos para sistemas pecuários intensivos na Amazônia.

As projeções de crescimento da pecuária de corte nos três cenários modelados para cada estado da Amazônia demonstram o impacto da intensificação do sistema nos índices produtivos da pecuária de corte, mas elas são diferentes de acordo com o potencial produtivo e de mercado de cada estado. Por isso, nos estados do Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Tocantins foram usados indicadores produtivos mais elevados que os usados nos estados do Acre, Amazonas, Amapá e Roraima, devido à logística, mercado comprador (presença de frigoríficos), proximidade de zonas agrícolas, qualidade genética de rebanho, acesso às informações tecnológicas e preços de terras, por exemplo.

Em geral, os estados da Amazônia apresentam potencial de crescimento do setor pecuário, com capacidade de aumento dos índices produtivos em sistemas integrados de baixo carbono, que beneficiam a economia regional e nacional com impacto no desenvolvimento da região, sem precisar expandir as pastagens. Novamente, o cenário inovador deve ser indicado como meta de produção, pois tem características de sustentabilidade ao longo prazo, resultando em um menor rebanho efetivo e em uma menor área de pastagem (ver figura), mas com maior produtividade em lotação (ver figura) e arroba por hectare/ano (ver figura). Logo, com maior valor bruto agregado.

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