O rebanho brasileiro vem crescendo ao longo dos anos, mas a proporção de bois de 3 a 4 anos de idade e acima de 4 continua estável (ver tabela), embora se note uma redução da idade de abate. Os números demonstram que há ainda muito a ser feito para melhorar os índices zootécnicos brasileiros.
Rebanho bovino brasileiro – efetivo por categoria animal (milhões de animais)
2005 | 2006 | 2007 | 2008 | 2009 | 2010 | 2011 | 2012 | 2013 | |
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Touros | 2,73 | 2,72 | 2,63 | 2,62 | 2,58 | 2,56 | 2,51 | 2,37 | 2,3 |
Vacas | 72,9 | 69,5 | 66,3 | 68,9 | 70,8 | 71,6 | 72,4 | 70,2 | 69,2 |
Novilhas 2 a 3 anos | 15,5 | 14,9 | 15,7 | 15,9 | 15,1 | 15 | 15,4 | 15,1 | 16,0 |
Novilhas 1 a 2 anos | 24,2 | 25,5 | 25,2 | 24,07 | 24,1 | 25,2 | 25,5 | 25,6 | 25,9 |
Bezerras | 28,4 | 28,7 | 26,7 | 28,2 | 28,6 | 29,6 | 30,3 | 29,9 | 28,9 |
Bezerros | 28,2 | 28,5 | 26,6 | 28,0 | 28,5 | 29,5 | 30,0 | 29,9 | 29,0 |
Novilhos 1 a 2 anos | 20,1 | 21,3 | 21,3 | 20,3 | 20,4 | 21,2 | 21,9 | 22,0 | 22,1 |
Novilhos 2 a 3 anos | 10,9 | 10,8 | 11,5 | 12,0 | 11,3 | 11,1 | 12,3 | 12,3 | 12,7 |
Bois 3 a 4 anos | 3,44 | 3,22 | 3,44 | 3,96 | 4,1 | 3,78 | 4,1 | 4,28 | 3,99 |
Bois acima de 4 anos | 0,69 | 0,59 | 0,65 | 0,82 | 0,96 | 0,97 | 1,14 | 1,37 | 1,26 |
TOTAL | 207 | 206 | 200 | 205 | 206 | 211 | 216 | 213 | 211 |
Quanto à distribuição da pecuária de corte pelo território brasileiro, a maior quantidade de bovinos está localizada na região Centro-oeste, seguida da Norte, Sudeste, Nordeste e Sul (ver figura). O estado de Mato Grosso tem o maior rebanho, com 28,4 milhões de animais, seguido de Minas Gerais, com 23,2 milhões, Goiás, com 19,4 milhões, e Pará, com 19,1 milhões de animais.
O rebanho nos estados da Amazônia totalizava, em 2013, 80,7 milhões de cabeças, representando 38% do rebanho nacional (ver figura). A relação entre produção e produtividade na Amazônia e região vizinha do Cerrado tem sido em favor da produção, com aumento anual do rebanho de 5,2% em aproximadamente duas décadas e meia (1987-2013), enquanto a produção aumentou em 7% no mesmo período. Como resultado, a produtividade por cabeça aumentou apenas 56% em todo esse período. O importante é que, contrário às afirmações que diziam que a produtividade na Amazônia aumentou 5 vezes nos últimos anos, a produtividade, medida em ganho anual de arroba por hectare, aumentou cerca de 100% nos últimos 20 anos, sendo a média atual em torno de 3 arrobas por ano por hectare.
Por sua vez, a lotação média do rebanho flutua em torno de 0,8 unidades animais por hectare (ver figura), com aumento anual de 1,5% nas duas últimas décadas e meia (46% entre 1987-2013).
Logo, a produção de carne na Amazônia tem historicamente crescido graças à expansão de pastagens, mas esse quadro começa a mudar com a intensificação dos sistemas de pecuária induzida, tanto pela pressão do mercado e exigências ambientais, como pelo maior controle do desmatamento na Amazônia.
Qual será o futuro da pecuária na Amazônia? A esse respeito, acesse os nossos cenários para a pecuária na Amazônia.