A inseminação artificial (IA) é uma técnica que permite acelerar o ganho genético de bovinos e, nos países tropicais, possibilita a utilização de sêmen dos touros Bos taurus para o cruzamento industrial, pois esses bovinos são pouco adaptados ao clima e manejo das propriedades nesses países. Como vantagens, podem ser citadas a padronização do rebanho, o controle de doenças transmitidas sexualmente e a diminuição do custo de reposição de touros. Mas a principal vantagem da IA é o processo de melhoramento genético e a obtenção de animais geneticamente superiores para produção e reprodução.

Além disso, com a IA é possível que o criador de bovinos em países tropicais obtenha os ganhos genéticos e produtivos do cruzamento entre Bos taurus e Bos indicus. O sucesso da IA depende de quatro fatores: instalações e equipamentos, rebanho e manejo (nutrição e sanidade), inseminador e o sêmen. A correta observação do cio pelo inseminador é fundamental para o resultado na IA, sendo normalmente observado em dois períodos diários: um no início da manhã e outro ao final da tarde. As fêmeas detectadas em cio pela manhã serão inseminadas à tarde e as detectadas à tarde serão inseminadas pela manhã. O período de observação deverá ser de 60 minutos.

O momento da inseminação pode ser realizado de 6 a 17 horas após a detecção do cio, sendo feitas normalmente duas inseminações: uma pela manhã e outra à tarde. Para diminuir o manejo na fazenda foi proposta uma variação do manejo de inseminação, sendo que os animais são observados duas vezes ao dia.

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Porém a IA é feita somente no período da manhã, tanto nos animais detectados em cio pela manhã quanto na tarde do dia anterior.